A Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito recebeu, na tarde desta quarta-feira (27), encontro no qual foram apresentados os principais indicadores do mercado de trabalho em Toledo. Os números foram apresentados ao prefeito Beto Lunitti, ao vice-prefeito Ademar Dorfschmidt, e aos vereadores Dudu Barbosa (presidente do Legislativo) e Geraldo Weisheimer (membro da Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos da Câmara) pela equipe da Secretaria do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico (AgroDesenvolvimento), liderada pelo titular da pasta, Diego Bonaldo.
Na primeira parte da explanação, foi apresentado um levantamento do perfil dos candidatos e empregados de Toledo realizado por servidores da unidade local da Agência do Trabalhador entre os dias 02 de outubro a 27 de novembro de 2023 com 336 pessoas que buscaram atendimento presencial no órgão. A partir do preenchimento do questionário, foi possível quantificar faixa etária, nível de escolaridade, estado civil, quantidade de filhos, remuneração, vínculo empregatício atual ou anterior, motivo do desligamento, período de permanência, turnover médio das empresas, áreas de interesse (por setor econômico), critérios de escolha de emprego e pretensão salarial. “Esta pesquisa já foi realizada no ano passada e a quantidade de entrevistas procurou, de forma estatística, representar a totalidade da força local de trabalho. Entre outros pontos, chamam a atenção o número de pessoas com 50 anos de idade ou mais que procuram a Agência do Trabalhador em busca de emprego, bem como o fato de um em cada três colaboradores não permanecem no emprego por mais do que três meses. Temos um turnover (rotatividade) médio de 5,18%, bem acima do ideal, que é de 1%”, detalha o diretor do Departamento de Emprego e Renda da AgroDesenvolvimento e gerente da Agência do Trabalhador, Rodrigo Souza.
A partir do cruzamento destes dados, foram traçados perfis médios dos candidatos que buscam uma oportunidade na Agência do Trabalhador de Toledo. Em se tratando de mulher, essa persona é solteira, com idade entre 21 e 30 anos, tem filhos, possui ensino médio completo, está desempregada há menos de um mês, ganhava uma remuneração de aproximadamente 1,5 salário mínimo no emprego anterior (do qual saiu após pedir demissão por razões pessoais e familiares) e almeja essa mesma faixa salarial e benefícios em cargos de auxiliar ou atendente nos setores comercial ou industrial (preferencialmente). Quanto aos homens, a mediana dos candidatos está na faixa etária dos 25 a 35 anos, não têm filhos, possui ensino médio completo, está desempregado (a, no máximo, três meses após pedir demissão por razões pessoais e/ou mudança de carreira) ou desempenha algum trabalho informal que o remunera com o equivalente a quase dois salários mínimos e está em busca de uma remuneração melhor em algum cargo em indústria ou prestadora de serviço.
De acordo com o prefeito, estes dados são importantes para a elaboração de políticas públicas. “A partir destes números é possível observar quais são as principais ‘dores’ de trabalhadores e empregadores e pensar em ações que traduzir um novo conceito de sociedade que queremos implantar em nosso município, o que exige rever hábitos, em assumir protagonismos para agir em busca de soluções e não somente reagir às circunstâncias”, pontua Beto.
A mudança de mentalidade também foi mencionada na fala de Ademar. “Estes dados falam tanto da situação do trabalhador quanto da do empresário. É preciso mudar a mentalidade de todos os atores, inclusive do poder público, que pode atuar para favorecer a formação de um ambiente no qual os salários possam ser melhores, pois isso se traduz em mais qualidade de vida para o colaborador. Em Toledo, essa nova realidade está sendo construída na medida das possibilidades legais e orçamentárias, por meio de um governo que vê o empresário como aliado”, observa o vice-prefeito.
Expectativas superadas
A segunda parte apresenta os números de Toledo entre janeiro e outubro deste ano do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e sobre a produtividade da Agência do Trabalhador de Toledo. Na diferença entre admissões e desligamentos, o município registrou no período saldo positivo de 3.022 novos postos de trabalho, saindo de 56.183 no fim de 2022 para 59.205, variação de 5,38%.
Após a apresentação sobre benefícios mais recorrentes e média dos salários pagos pelas empresas, também foram mencionados os investimentos em programas sociais direcionados para as famílias toledanas de baixo poder aquisitivo. Em seguida, foi dado destaque à evolução dos números de encaminhamentos e colocações em vagas de emprego intermediadas pela Agência do Trabalhador de Toledo.
Nestes dois quesitos, o resultado ficou acima do esperado. Entre 1º de janeiro a 26 de dezembro, o órgão fez 29.672 encaminhamentos (23,63% a mais que os 24 mil inicialmente previstos) que resultaram em 5.555 colocações (38,88% acima das 4 mil inicialmente esperadas). Esses resultados também superaram os registrados em 2021 (11.271 encaminhamentos e 2.221 colocações) e 2022 (23.016/3.945).
Ao todo, o órgão fez 140 mil atendimentos, intermediou a contratação de 683 jovens aprendizes, encaminhou 2.567 pedidos de seguro-desemprego e teve 72% de efetividade no headhunter (direcionamento assertivo de vagas para candidatos com perfil que se aproxima à exigência do empregador). Também foi apresentada a evolução nos investimentos do governo municipal na aquisição de cursos do Qualifica Toledo, saindo de R$ 174.264,80 em 2021, passando para R$ 195.069,80 em 2022 e R$ 224.900,00 neste ano – para 2024 estão previstos R$ 262.076,00. “A falta de mão de obra qualificada é ainda um problema sério para as nossas empresas e o governo municipal, por meio de parcerias, tem feito sua parte em relação a isso, o que faz do Qualifica Toledo uma das principais marcas desta gestão”, avalia Bonaldo.
Também mereceu destaque por parte dos presentes a evolução em vários indicadores entre 2019 e 2023. Neste período, o estoque (número de postos de trabalhos formais com carteira assinada) cresceu 24,67% (de 47.489 para 59.205); a quantidade de vagas abertas pela Agência do Trabalhador saiu de 2.220 para 9.106 (+310,18%), o de encaminhamentos saltou de 17.243 para 29.672 (+72,08%), e de colocações aumentou de 1.992 para 5.555 (+178,87%). “Estas informações são mais do que simplesmente números, representam como a geração de empregos impacta positivamente na vida das pessoas. Parabenizo a todos pelos resultados, mas deixo o meu incentivo para que em 2024 façam ainda mais, pois é sempre possível melhorar”, estimula.